Um guia gratuito para você acertar na escolha e compra de um lote.
Experimente andar pelas ruas de sua cidade e não demorará para encontrar placas de “vende-se” afixadas nos portões dos condomínios e casas. Após o boom imobiliário ocorrido entre 2005 e 2014 (que alavancou bruscamente os preços no mercado imobiliário em impressionantes 192%), o Brasil passa por um momento de refluxo, com muitas ofertas, queda no valor do m2 em praticamente todos os cantos do país e inúmeras oportunidades que começam a surgir com as sucessivas reduções de juros.
Seria o momento ideal para comprar imóvel? Aliás, como saber qual é o momento perfeito para mergulhar na maior compra de nossas vidas?
Neste post, vamos ajudar você a detectar alguns dos principais sinais do mercado para fazer a compra dos seus sonhos no timing exato!
Para entender qual a hora certa de concretizar a compra da casa, nada melhor do que refletir sobre as consequências diretas do cenário econômico atual sobre o mercado imobiliário.
De início, é importante destacar que os juros exorbitantes, historicamente acoplados às políticas de concessão de crédito dos grandes bancos nacionais, dificultavam demais comprar imóvel no Brasil.
Ocorre que, enquanto em agosto de 2016, a taxa básica de juros da economia (Selic) estava na casa dos 14,25%, em dezembro do ano seguinte chegamos a incríveis 7%, menor patamar histórico e décima redução seguida.
Mas por que isso acontece?
Quem define o patamar de juros da Selic é o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), órgão decisório do BC que tem competência para definir a meta para a taxa básica de juros, a nossa Selic.
A Selic está sempre ligada à inflação. Em épocas de alta inflacionária, os juros são elevados para tentar reduzir a oferta de crédito e, portanto, o consumo. Em momentos de queda na inflação, pode-se, por outro lado, reduzir os juros para tentar estimular a economia. É o caso do momento atual.
Trata-se apenas de um referencial, mas o potencial de influência que esse indicador exerce sobre as políticas de crédito dos bancos é imenso. Basta lembrar que, após o anúncio do BC de levar a Selic de 7,5% a 7%, as maiores instituições financeiras do país já anunciaram que vão repassar essa queda ao consumidor. Ou seja, bom momento para comprar imóvel.
Segundo dados do Índice FipeZap, o preço dos imóveis residenciais fechou 2017 com redução nominal (desconsiderando inflação) de 0,53%, a primeira retração dos últimos 10 anos. De acordo com o mesmo indicador, ao estimarmos uma inflação para 2017 na casa dos 2,78%, as 20 cidades brasileiras pesquisadas registraram queda de 3,23% no m2. Eis mais um sinal importante de que pode ser a hora de comprar imóvel.
Assim como ocorre com ações na Bolsa de Valores, os imóveis também estão sujeitos à volatilidade do mercado (cotações são resultados da “guerra” entre as forças vendedoras e compradoras). Em momentos de tendência de baixa, há sempre um ponto extremo em que a desvalorização profunda dos preços do ativo estimula a renovação do ímpeto comprador. É aqui que esses preços voltam a subir.
O valor médio dos imóveis enfrenta estagnação ou queda há, pelo menos, cinco anos. Em 2016, por exemplo, estimativa do m2 no país caiu mais de 5%. Essa perda de fôlego na subida de preços é mais uma sinalização importante sobre o momento de entrada.
Veja que juros baixos, maior oferta de crédito e quedas sucessivas dos preços são ótimos componentes para fazer você pensar com atenção sobre a possibilidade de comprar imóvel.
Como consequência dos juros altos dos últimos anos, da recente escassez de crédito e da crise econômica que culminou em mais de 14 milhões de desempregados no país, o que se viu nos últimos tempos foi uma grande quantidade de unidades à venda, em volume muito superior à demanda.
Com isso, quem conseguir juntar algum dinheiro, certamente terá um ótimo poder de barganha para obter descontos mais do que especiais. Esse contexto também deve ser considerado.
Dessa forma, se você tem dinheiro guardado em um momento como o atual, de ínfimas taxas de juros, melhora na oferta de crédito e grande quantidade de imóveis em negociação, tenha a certeza de que é um excelente momento para concretizar seu sonho. Mas há ainda outro fator que deve ser levado em conta: a sua situação financeira em particular.
A compra de uma casa ou apartamento é o investimento de maior vulto da maioria dos brasileiros. Pode durar 10, 20, 30 anos, comprometendo até 30% de sua renda líquida… E tudo isso no intuito de financiar até 90% do bem adquirido. Ou seja, é evidente que, para ingressar nesse tipo de ação, é preciso ter estrutura financeira adequada.
Essa robustez financeira, exigida nos financiamentos e consórcios imobiliários, geralmente está presente em nossas vidas após os 30/35 anos (fase posterior à graduação em alguns anos, o que nos permite ter tempo para ingressar no mercado de trabalho já formados e galgar algumas posições junto à solidez profissional).
Embora não se trate de uma regra, quanto maior seu grau de estabilidade profissional, maior seu poder financeiro e, portanto, maior sua facilidade em passar pelo desafio do financiamento imobiliário.
Dissemos acima da situação ideal: comprar um imóvel em um momento de baixa taxa de juros, em um ambiente de mercado de excesso de oferta, com crédito farto nos bancos e tudo isso conciliado com uma situação financeira absolutamente estável da parte do comprador. Sabemos, entretanto, que nem sempre as coisas saem como o previsto.
A vinda de um filho pode ser suficiente para que o casal chegue à conclusão de que é preciso de uma casa maior ou sair do aluguel. O casamento, em si mesmo, também é mola propulsora de muitos brasileiros para mergulhar na ideia de comprar um imóvel. O próprio recebimento de uma herança pode ser o estopim para materializar esse sonho.
Perceba que o momento ideal depende de uma infinidade de fatores, alguns, de cunho bastante particular (que se misturam com outros, de ordem macroeconômica). Comprar imóvel exige a reflexão sobre todas essas variáveis e, se o planejamento for bem-feito, a quitação pode sair bem antes do imaginado!
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