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Design de convívio: entenda como esse conceito é aplicado em um empreendimento

Entre os aspectos a serem avaliados ao escolher um local que vá oferecer mais qualidade de vida à sua família, é preciso entender quais são as reais necessidades de cada membro e pesquisar bastante, além de prezar por um contato maior com natureza. No entanto, também é interessante optar por um empreendimento que se preocupa com a convivência entre os moradores, promovendo a interação entre os condôminos.

O design de convívio tem como objetivo justamente suprir essa questão. Mas, afinal, o que isso significa exatamente? Como é a sua implementação em um condomínio? Quais os benefícios que proporciona ao morador? Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para que você entenda esses pontos. Boa leitura!

O que é o design de convívio?

O design de convívio é uma metodologia criada em 1999 para a implementação em residências, cujo objetivo é aplicar em condomínios a cultura da convivência, além de desenvolver relações interpessoais. Ao procurar uma casa, há sempre a preocupação de manter uma relação amistosa entre os vizinhos, até mesmo pelo desgaste que os conflitos causam no dia a dia.

Também existe a necessidade de buscar por um espaço que seja agradável, que ofereça estrutura que vá trazer mais conforto aos moradores, além de um ambiente onde exista colaboração entre as pessoas que ali residem. Hoje, com a rotina corrida e os percalços já comuns em centros urbanos, o que um futuro morador mais procura é justamente prezar por laços mais amistosos entre as pessoas que dividem os mesmos espaços.

O trabalho do design de convívio está presente nesses aspectos. “A nossa metodologia está em implementar o bom convívio, com resultados excelentes nos últimos anos. A intenção é de que as pessoas vivam bem entre si, cuidem do que é delas, além de ter boas práticas comuns relacionadas aos ambientes onde há confraternização”, destaca a professora doutora Cláudia Pellegrino, um dos nomes pioneiros no assunto.

Quais os principais eixos da metodologia?

A metodologia do design de convívio conta com alguns pontos que merecem atenção para entendê-la de maneira mais aprofundada. Confira!

Pertencer

Para que um morador se sinta bem no local onde reside, é preciso que ele tenha pertencimento ao ambiente. Entender sobre o condomínio, quem são as pessoas ao seu redor, quais os principais diferenciais que oferecem mais comodidade, além de compreender o espaço em que passará grande parte do dia.

Ser

Cada um tem uma função enquanto pessoa no local onde reside. Seja por aspectos sociais e de relacionamento, seja por realizar atividades que de alguma forma vão agregar ao condomínio. Sendo assim, é preciso que o morador entenda o seu papel para que possa contribuir nesse sentido.

Cuidar

É uma proposta que está diretamente relacionada ao incentivo da importância de cuidar daquele espaço, das pessoas, de tudo o que está inserido no ambiente. Dr.ª Cláudia afirma: “nessa parte, também enfatizamos o cuidar do que é nosso. Ou seja, ir contra a individualidade e iniciar uma mudança de mentalidade”.

Como é a implementação do design de convívio?

A implementação do design do convívio é compreendida em dois aspectos principais: o presencial e o digital. Entenda cada um deles!

Presencial

Para o braço presencial, é preciso encontrar pessoas de liderança. Sempre há o interesse de um morador em específico em exercer esse papel, visto que existe a presença de síndicos, líderes de associações, entre outros cargos. Ao identificar essas personalidades, é formada uma comissão para trabalhar com o grupo por meio de reuniões ou workshops, com o objetivo de resgatar a cultura desejada para aquele espaço.

Nesses encontros, estuda-se sobre cultura, regras de convivência, além de abordar a maneira com a qual os moradores desejam estimular as formas como vão se conhecer.

Digital

O segundo quesito está relacionado com o digital. Para a implementação da metodologia de design de convívio, existe o Club Combo Urbano, aplicativo desenvolvido pela Professora Dr.ª Cláudia, especialmente visando aos benefícios trazidos pela convivência.

Por meio dele, é possível conversar com todos os proprietários antes mesmo de eles iniciarem a convivência no condomínio, para que haja o conhecimento de quem são aquelas famílias, além de apresentar dicas de relacionamento, de valores e, assim, contar com subsídios para construir a cultura desejada.

É também nesse aplicativo que todas as reuniões são publicadas. Sempre que existir alguma dúvida sobre os assuntos discutidos, há a preocupação de uma transparência na gestão dos encontros.

Quais os benefícios de optar por um condomínio que ofereça esse conceito?

Conforme observado, residir em um espaço onde há a preocupação de estabelecer uma boa convivência entre os moradores traz alguns benefícios. Entre eles, a perpetuação e o conceito de empreendimento, além do resgate e do estímulo das relações humanas com base na confiança.

Além disso, o design de convívio prioriza a melhoria da comunicação entre as pessoas e mantém o proprietário atualizado sobre o andamento de sua obra. Especialmente para quem adquire lotes em condomínios horizontais para a construção de uma casa, ter esse acompanhamento contínuo e visitar frequentemente o local talvez seja um pouco mais difícil devido à rotina — o que seria facilitado na escolha de um empreendimento que já conta com essa metodologia.

Por fim, é preciso entender que o local onde a pessoa vai residir tem suas regras específicas, instruções de uso das áreas comuns, bem como determinadas restrições para que o convívio seja aproveitado por todos os moradores de maneira que ninguém saia prejudicado.

Nesse sentido, com o design de convívio, há uma redução no tempo de aprendizado, contribuindo para que o proprietário esteja bem informado sobre os principais pontos, evitando falhas de comunicação. “É o resgate das relações humanas. Isso que resume nosso trabalho”, finaliza a Dr.ª Cláudia.

Neste conteúdo, você pôde entender sobre o conceito de design de convívio, como ele é aplicado em condomínios e de que maneira isso influencia a qualidade de vida dos moradores. Muito mais do que apenas optar por um empreendimento que ofereça tudo aquilo que a família sempre esperou, é preciso se preocupar também com o clima de convivência do local, além de estar presente nas principais atividades planejadas pelos condôminos.

Ficou interessado em entender um pouco mais sobre o assunto? Entre em contato com a gente e tire suas dúvidas com nossos profissionais!

Marcia Farias

Arquiteta formada pela Universidade Tiradentes (UNIT), há 7 anos na Laredo, atualmente atuando como arquiteta responsável pela gerência de produtos.

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