“Caminhabilidade”. O nome em português parece estranho, mas garantimos que o conceito é bem simples e de enorme importância para se pensar a construção e a disposição das calçadas e ciclovias. Walkability representa todo o cuidado para que os deslocamentos a pé sejam tão seguros e agradáveis quanto possível, seja na rua, seja dentro do condomínio onde você mora.
Quer entender mais sobre esse importante assunto, como identificar espaços caminháveis e, é lógico, como criá-los? Não deixe de conferir este post!
O que significa walkability?
Walkability é um termo emprestado da língua inglesa que se relaciona exatamente ao primeiro cenário que descrevemos: proporcionar um maior prazer e conforto na hora de se locomover a pé.
Quando as condições são favoráveis, o tempo parece passar muito rápido. Já nos momentos estressantes, cada segundo parece não ter fim. Você pode estar pensando no aspecto prático: um quilômetro será sempre um quilômetro. No entanto, é mais fácil percorrer essa distância quando o solo não tem buracos para ficar desviando, não é mesmo? Isso sem mencionar nas chances de quedas quando o caminho é acidentado (virar um pé, tropeçar etc.).
Por que esse conceito é importante?
Quando pensamos nos deslocamentos em ambientes extremos, fica fácil entender por que a caminhabilidade é tão importante para nossa rotina diária. É preciso estudar e colocar em prática maneiras que transformem nossos deslocamentos em momentos mais fáceis e prazerosos.
E isso não se aplica apenas ao pedestres. Walkability também é importante para ciclistas, skatistas e todas as pessoas que não estão usando veículos automotores para percorrer distâncias.
Em um país de clima tropical como o nosso, com o sol e calor abundantes, pensar em maneiras de regular a temperatura (árvores frondosas) garante uma maior qualidade de vida. Quanto mais espaços próprios para quem está em contato direto com o ambiente — sem precisar disputar o espaço com carros, motos e caminhões —, melhor.
Qual a relação entre walkability e sustentabilidade?
Quando adicionamos à nossa equação os veículos, fica um pouco mais fácil entender a relação entre walkability e sustentabilidade. Quanto menos carros no entorno, menos fumaça dos escapamentos será respirada, o que diminui as chances de desenvolver — ou piorar — doenças e condições ligadas ao sistema respiratório (asma, bronquite, sinusite).
No caso dos condomínios horizontais com estrutura completa o benefício é ainda maior. Quem precisava antes sair de carro para ir ao clube, à academia ou para levar as crianças para se divertirem ou praticar esportes, pode usufruir de todos esses benefícios perto de casa, a pé. Menos carros, menos engarrafamentos, menos poluição no ambiente, menor consumo de combustíveis fósseis.
Como saber se um ambiente é walkable?
Agora que já sabemos o que é a caminhabilidade e qual a sua relação com a sustentabilidade, é preciso aprender a identificar se um lugar é walkable (caminhável), ou seja, se nele são aplicados os conceitos de walkability.
O primeiro passo é observar a quantidade de veículos automotores, pois quanto menos rodando no entorno, melhor. O segundo, é a observação de vias para pedestres e uma ciclovia para ciclistas e skatistas. Depois, vem a observação da qualidade dessas vias. Pisos intertravados, por exemplo, são uma ótima alternativa para calçadas, pois além de econômicos, são duráveis e evitam o acúmulo de sujeira e poeira.
A segurança também deve ser notada a partir da sinalização de todos os espaços e ambientes. Além de um calçamento bem colocado, também é necessário ter placas indicando o sentido da via, o que é permitido ou proibido, bem como as faixas de pedestres para garantir a travessia sempre segura.
O acesso para pessoas com deficiência precisa ser garantido, com rampas, atenção à largura das passagens e vãos, pisos adequados, barras de apoio e outras tecnologias que permitam a todos igualdade para se locomoverem sem maiores problemas ou obstáculos.
Outro ponto é o paisagismo. Árvores e plantas ajudam a dar mais sombra e regular a temperatura do espaço, bem como aumentar a sensação de bem-estar, já que elas oferecem um ponto de interesse positivo para o olhar enquanto caminhamos. A presença de bancos é outro detalhe que não pode faltar, para descansar quando for preciso ou desejado.
Por fim, é preciso saber da manutenção, principalmente para quem está procurando um lote para construir o seu novo lar em um condomínio. Não adianta muito investir em um espaço onde só estará bonito no início e logo desaparecerá por falta de cuidados. É preferível optar por estruturas que (mesmo com um valor maior) já ofereçam um serviço completo, garantindo a caminhabilidade — sua e da sua família — a longo prazo.
Como criar walkable spaces?
O primeiro passo é estudar as necessidades de quem usa as calçadas e ciclovias. Arquitetos especializados em urbanismo podem oferecer ótimos diagnósticos, que levem em consideração uma ampla variedade de situações e como oferecer ambientes com o máximo de qualidade e o mínimo de obstáculos.
Depois, é preciso escolher acabamentos que ajudem a garantir a mobilidade. A falta de um corrimão ou guarda-corpo, por exemplo, podem diminuir a sensação de segurança em alguns ambientes. Já o piso também merece cuidado. Um deck de madeira, por exemplo, não pode ter vãos grandes entre as tábuas — do contrário, é possível que algumas pessoas (principalmente as crianças) acabem torcendo o tornozelo ou prendendo o pé.
Quem tem membros da família que precisam de atenção especial, investir em walkability dentro de casa é algo a ser discutido com o seu arquiteto e equipe, para construir um lar dos sonhos para todos os moradores. Muitas escadas e desníveis, por exemplo, podem ser ruins para quem tem ou deseja ter filhos, já que os pequenos podem se acidentar facilmente nos pisos irregulares.
Agora que você já aprendeu os principais pontos sobre o walkability, é hora de ficar atento e exigir o melhor na hora de pesquisar a aquisição do novo lar — da construção à estrutura e manutenção. Procure, pesquise e compare para descobrir o melhor empreendimento para passar muitos anos de felicidade!
Ficou com alguma dúvida ou deseja dividir a sua história e dicas? Então, deixe seu comentário para nós!