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Conheça um pouco da história do bairro Atalaia, em Aracaju

Repleto de registros poéticos e citações musicais, o inspirador bairro Atalaia é daqueles pequenos pedaços de paraíso que tornam a viagem de qualquer turista inesquecível.

Se você, entretanto, é aracajuano ou está de mudança para a capital sergipana, migrar para essa região (que é, sem dúvida, um dos melhores bairros de Aracaju) é muito mais do que uma opção… É um verdadeiro compromisso com a vida.

Que tal saborear um autêntico caranguejo sergipano, enquanto contempla, sob o manto azul do céu, a insistência das ondas que repetidamente beijam a praia, se desmanchando docemente na areia dourada?

Ou o que acha de levar seu filho para se divertir em uma das maiores pistas de skate do Brasil e, em seguida, aproveitar o passeio para visitar tartarugas marinhas e tubarões no Oceanário de Aracaju?

Há também ciclovias, pistas de cooper, áreas de ginástica para se exercitar à luz do luar, além de quadras de areia para você e sua família fazerem de seu lar uma sagrada fonte de renovação de energia. Essa é a rotina de quem mora nesse que é considerado um dos mais belos cartões-postais do Brasil.

Neste post, você vai conhecer Atalaia sob sua perspectiva histórica e entender como se formou esse paraíso nacional!

Atalaia em verso e prosa

O bairro Atalaia inspirou poetas e cantores famosos, como Luiz Gonzaga que, em 1962, compôs o clássico “Adeus Iracema”, em que declama apaixonado:

“Navega/Oh! Jangada nesse mar/Enfeitado de coqueiros/E coberto de luar/Navega/No Nordeste pela praia/Quero ver Itapoã/Quero ver minha Atalaia (…)”

Já o escritor Jorge Amado reservou a essa praia paradisíaca um capítulo inteiro em “Tereza Batista Cansada de Guerra” (1972), com destaque a trecho em que a protagonista e seu amante Januário viajam de carro “rumando para Atalaia a fim de namorar”.

O espelho cristalino das águas mornas da Orla da Atalaia ainda gerou menções diversas de poetas e romancistas nordestinos, como Armando Fontes e o cronista Mário Cabral que, encantado, sempre se referia à Atalaia dizendo que a cidade de Aracaju tinha “uma das mais belas praias do nordeste brasileiro”.

De fato. Cantado em verso e prosa, Atalaia, um dos melhores bairros de Aracaju, atualmente figura também nos rankings das mais valorizadas regiões para morar no país. O recente surgimento de condomínios de luxo, em sintonia plena com o ecossistema local, coroa esse distrito sergipano como um oásis de conforto e contato com a natureza. Mas, há 50 anos, era tudo muito diferente.

O bairro Atalaia e seus primeiros registros

Os primeiros registros históricos dessa área que hoje é um dos melhores bairros de Aracaju remontam ao século XIX. Segundo o historiador Francisco José Alves, o Governo Imperial mandou construir, em 1848, uma guarita coberta com chumbo e taboas, de onde poderiam ser observadas a entrada e a saída de embarcações. Era o início do mirante “Atalaia da Cotinguiba”.

Alguns anos depois, em 1860, em visita a Sergipe, o Imperador D. Pedro II entendeu que seria mais útil ter, naquele mesmo ponto, um farol em vez de um mirante. Demorou quase três décadas para a ordem ser cumprida: em 1888, o mirante foi devidamente substituído pelo Farol da Atalaia.

Vale lembrar que esse farol pode ser visto atualmente no bairro Farolândia, já que a peça foi tombada em 1995 pelo governo do Estado e está hoje destinada à visitação turística.

Até os anos 30, a região onde hoje é o bairro Atalaia foi povoada apenas por alguns pescadores, lavradores e colhedores de coco. Fruto que, aliás, merece menção especial.

Atalaia: das fazendas de coco do século XX à estância turística de luxo dos anos 2000

Neste mesmo blog, escrevemos um artigo sobre a história de Aruana, em que contamos a ligação íntima entre as primeiras comunidades que ali habitaram e as fazendas de coco, de essencial importância na economia sergipana até a primeira metade do século XX.

Pois bem, a história do surgimento do bairro Atalaia não é muito diferente. A própria abertura da Avenida Beira-Mar, em 1937, teve, entre outras funções, facilitar o escoamento da produção do fruto, que até então era feito por via fluvial.

A importância desse cultivo era tanta, que existem pesquisas que revelam que a produção de coco na região chegou quase ao colapso durante a 2ª Guerra, época em que os Estados Unidos perderam relações com regiões do Pacífico em virtude do conflito com o Japão e, dessa forma, deslocaram seu eixo comprador para a América Latina.

Essas questões geopolíticas, aparentemente distantes da realidade da então pacata Atalaia, acabaram aumentando a exportação de frutos como o coco, intensificando ainda mais a atividade na região, já famosa por produzir também melões e melancias.

O início da urbanização de um dos melhores bairros de Aracaju

Ao som e à brisa do mar, é a partir dos anos 30 que a área começa a assistir sua transformação em direção ao desenvolvimento de um balneário. A construção da ponte sobre o rio Poxim, por exemplo, facilitou o acesso dos habitantes mais distantes à praia (a travessia antes disso era feita apenas de canoa).

Mas foi depois de 1954 (data em que a região passa a pertencer definitivamente à Aracaju) que as alterações passaram a ser mais acentuadas. Em 1957, é construída a ponte Juscelino Kubitschek (conhecida como Ponte da Atalaia) e, no ano seguinte, há a inauguração do Aeroporto Santa Maria. Gradativamente, a elite aracajuana começa a trocar o banho ribeirinho na praia Formosa pela infraestrutura da Orla da Atalaia.

Após os anos 70, a instalação do antigo TECARMO (Terminal Marítimo de Carmópolis) e de uma unidade da Petrobras na região, além da urbanização do bairro Aruana, impulsionaram ainda mais a modernização do local.

O bairro Atalaia no século XXI: centro de exposições, vida noturna e condomínios de alto padrão

Consolidada como um dos melhores bairros de Aracaju, Atalaia concentra hoje 90% da rede hoteleira da cidade. Com uma vida noturna e gastronômica agitada (sobretudo nas imediações da Passarela do Caranguejo), a área é cercada de monumentos históricos e feiras de artesanato, além de ter sido “abençoada” por diversos lagos à sombra de coqueiros.

O bairro é o destaque de Aracaju, especialmente depois da urbanização da orla, em 2004, bem como da chegada de variados empreendimentos imobiliários de alto padrão.

Segurança? Há uma Delegacia de Turismo na orla, além de câmeras espalhadas pela avenida da praia, assegurando que seus momentos de descanso não serão perturbados por qualquer problema.

Se você está em busca de um bairro em conexão com a natureza para aproveitar a vida em família, esse é o lugar certo!

Agora que você conheceu mais sobre um dos melhores bairros de Aracaju, compartilhe este post em suas redes sociais! Quem sabe, no futuro, você e seus amigos não se tornam vizinhos em Atalaia?

Melicio Machado

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