Optar por usar o cabeamento subterrâneo ou ter a fiação ao ar livre é o tema de discussão entre urbanistas, arquitetos, gestores e engenheiros. Essa escolha, tanto em cidades como em bairros e condomínios, tem resultados diretos na estética, na segurança e em outros fatores que impactam diretamente a vida dos moradores — o que só aumenta o interesse por ela.
Mas quais são, de fato, as vantagens em se ter a fiação subterrânea? Quais são os impactos que essa escolha traz de fato para a vida dos moradores, especialmente dos condomínios horizontais, modelos de moradia nos quais essa prática tem sido adotada com mais frequência?
Neste post, descubra porque essa escolha é a mais racional e segura — proporcionando uma vizinhança mais bonita e protegida, sem risco de contato com a fiação elétrica. Acompanhe!
O cabeamento subterrâneo é tendência mundial
De forma geral, pode-se dizer que, pelo menos como tendência, o debate foi vencido pelo cabeamento subterrâneo, resultando em um movimento para enterrar os cabos de alta, média e baixa tensão, assim como de telecomunicações.
Sua adoção não virou preferência apenas no Brasil. Segundo um levantamento realizado pelo Sycabel — sindicato francês que publica estudos anuais sobre o assunto —, países como Reino Unido e Alemanha já têm mais de 50% dos seus cabos de média tensão no modelo subterrâneo. Na Holanda, essa marca chega a 100%.
No Brasil, ainda não há fontes oficiais. Porém, estima-se que, nas maiores cidades — como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte —, essa taxa varie entre 2% e 11%. A capital paulista, por exemplo, conta com uma lei de 2005 que obriga que as redes elétrica, de telefonia e de TV cabo, entre outras, sejam subterrâneas. No entanto, ainda falta muito para que o que está previsto na legislação se torne realidade.
Proteção contra os fenômenos meteorológicos
Não é incomum vermos estragos na rede elétrica provocados por fortes chuvas e ventanias. Em condomínios, que normalmente contam com uma boa arborização e áreas naturais, é perfeitamente possível que um vendaval possa, por exemplo, arrancar galhos de árvores ou até mesmo derrubar algumas delas.
Há situações em que a queda de uma árvore um pouco maior resulta na quebra ou deslocamento de um poste, deixando toda uma região sem energia elétrica por conta da fiação aérea.
Com os cabos no subterrâneo, evita-se que ocorra um rompimento do fio em uma situação como essa. Isso porque, além de estar protegida, a fiação subterrânea costuma ser mais resistente e é formada por cabos isolados, que apresentam menor desperdício de energia e têm maior vida útil.
O isolamento dos cabos subterrâneos representa uma proteção extra contra outro fenômeno natural que provoca estragos e preocupação: a queda de raios. A chance de haver alguma interrupção, portanto, é consideravelmente menor.
Desempenho e economia com cabeamento subterrâneo
Um dos grandes trunfos da fiação subterrânea não é visível a olho nu, mas sente-se no dia a dia e no bolso: ela é mais eficiente. A razão é que, no fim das contas, ela transmite mais energia do que o modelo aéreo por poder ter diâmetros maiores — se a fiação aérea tivesse cabos do mesmo calibre, os postes não aguentariam o peso!
Essa eficiência se reflete na estabilidade da rede e na perda muito menor de energia pelo caminho. A rede estável é fundamental para o bom funcionamento de hospitais, estabelecimentos comerciais em geral e até residências.
Falta de energia ou picos de tensão podem resultar em prejuízos com equipamentos danificados e contratempos na vida pessoal e profissional, além de representar ameaças a uma pessoa que, por exemplo, esteja recebendo cuidados de homecare e precise de equipamentos ligados continuamente.
Um estudo feito nos Estados Unidos pelas empresas Kinectrics e Marbek, mostrou que a quantidade de horas de interrupção de fornecimento em regiões com cabeamento subterrâneo é 20 vezes menor do que em áreas com fiação aérea.
A opção pelo subterrâneo também confere aos cabos maior vida útil. Sem a exposição ao clima e aos acidentes que podem ocorrer ao ar livre, eles passam a durar em torno de 25 a 40 anos — os cabos aéreos precisam ser trocados, em média, a cada dois anos — e dispensam manutenções constates, como as que são feitas na rede de fiação aérea.
Isso representa uma dupla economia: o custo com a compra e reposição de cabos é muito menor e são menos pessoas trabalhando na manutenção da rede.
Investimento inicial que compensa
Diante de tantas vantagens, você pode se perguntar por que 100% dos novos condomínios ou bairros planejados não adota a fiação subterrânea. Uma das explicações é que a instalação custa, realmente, muito mais do que a da fiação aérea — o que pode diminuir o interesse em adotar esse modelo.
Grande parte desse valor — estima-se que em torno de 70% — é direcionado às obras de construção para criar os dutos e galerias. Nesse sentido, quanto melhor planejado for o cabeamento subterrâneo, menor será o seu custo. Se o modelo de cabos subterrâneos já estiver previsto desde o projeto, não será preciso quebrar calçadas e ruas para, depois, remendá-las — a estrutura será preparada desde o início.
No entanto, com ou sem planejamento prévio, o cabeamento subterrâneo continua sendo vantajoso: a estimativa é que esse investimento “se pague” em aproximadamente cinco anos, se levarmos em conta as economias que serão feitas em manutenção, mão de obra e energia.
Neste texto, vimos que o cabeamento subterrâneo é uma tendência global e que leva em consideração não somente o aspecto estético e a segurança de não se ter cabos ao ar livre, mas também fatores como eficiência, durabilidade e confiança, garantindo um sistema mais seguro e sustentável.
Agora que você já aprendeu sobre a importância do cabeamento subterrâneo para as cidades em geral — e, especialmente, para os novos empreendimentos residenciais —, que tal saber mais sobre as vantagens de morar em condomínios horizontais?
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