O problema mais óbvio da hiperconectividade é fazer com que as pessoas estejam virtualmente disponíveis, mas presencialmente ausentes. Se isso é ruim para os adultos, imagine as consequências para crianças e adolescentes! O pior é que, muitas vezes, o mau exemplo vem dos pais. Por isso, trata-se de uma questão urgente, que precisa ser resolvida para devolver a qualidade de vida da família.
Neste artigo, abordaremos os malefícios de ficar online o tempo todo. Para ajudar, também daremos dicas de como promover a “ressocialização” dos mais jovens. Confira!
Juntos, mas separados: como reconhecer a hiperconectividade no dia a dia?
Hiperconectividade é o uso excessivo da tecnologia. Dito de outra forma, é quando a pessoa só se desconecta quando está dormindo. Ela ocorre quando o ato de estar conectado à internet se torna um hábito. Por exemplo:
- ao acordar, checa-se as redes sociais;
- ao chegar nos locais, imediatamente pergunta-se a senha do wi-fi;
- ao ouvir o som de uma notificação, visualiza-se na hora;
- em momentos de ócio (como em filas, no trânsito etc), pegar o aparelho é uma ação automática;
- na hora das refeições, o celular sempre está sobre à mesa.
Quais são os prejuízos da conexão excessiva para crianças e adolescentes?
Os prejuízos do uso contínuo de smartphones e companhia são muitos. Conheça algumas das implicações que mais afetam crianças e adolescentes!
1. Incapacidade de manter o foco
Na fase escolar, não conseguir se concentrar atrapalha o aprendizado, comprometendo a formação acadêmica. Ao mesmo tempo, prejudica a aquisição de habilidades motoras, obtidas por meio do brincar e dos esportes.
Mas o dano vai além. O uso excessivo das tecnologias acaba com as chances dos jovens aprenderem com a experiência dos mais velhos — antigamente, o convívio social entre crianças e idosos era parte da chamada educação informal. No entanto, isso depende da observação atenta, de saber escutar, entre outras habilidades offline.
2. Risco de desenvolver transtornos psíquicos
A hiperconectividade prejudica a constituição das habilidades sociais, que ocorre ao longo do desenvolvimento. Afinal, o isolamento provocado pelo uso intermitente do smartphone aumenta a solidão no mundo real.
Muitas pessoas que recebem o diagnóstico de depressão, por exemplo, já sofriam com algum transtorno do controle de impulsos (TCI). A dependência da internet e de jogos eletrônicos é uma das condições que caracterizam esse tipo de distúrbio.
3. Dificuldades para “sair da bolha”
Com base nas buscas na web, bem como no tempo gasto consumindo determinadas informações, algoritmos pré-determinam quais pessoas e assuntos cada internauta mais verá nas suas redes sociais. Com isso, criam-se bolhas, o que causa a impressão de que todos pensam de forma semelhante.
Acontece que o mundo é feito por opiniões e posturas diferentes. Conhecer e saber respeitá-las, independentemente de concordar, é essencial para os jovens desenvolverem empatia e expandirem seu universo de possibilidades.
4. Problemas posturais, sedentarismo, entre outros
Em relação aos impactos físicos, o excesso de conexão pode provocar:
- dores no pescoço e desvios de postura, por conta da cabeça baixa quando se está mexendo no smartphone;
- dores e inflamações nas articulações das mãos e pulsos, devido à digitação e deslizamento dos dedos quase ininterruptos;
- dores no ombro, principalmente por causa do uso do aparelho quando se está deitado;
- tendência à formação precoce de papada e rugas, por conta da cabeça inclinada para baixo ao olhar o celular;
- insônia e outros transtornos do sono, devido à luz azul emitida pela tela, assim como o consequente aumento da irritabilidade e da reatividade;
- favorecimento do sedentarismo e obesidade, pois o tempo que seria gasto com atividades físicas e dedicado às refeições saudáveis (com comida cadeira, sentando-se à mesa junto à família) é ocupado pela diversão virtual, entre outros problemas de saúde.
Como combater a hiperconectividade de maneira eficiente?
Tendo em vista os prejuízos que a hiperconectividade traz para crianças e adolescentes, cabe aos pais ajudá-los. Não se trata de pedir para abandonarem o celular, porém é preciso estimular o uso com equilíbrio.
Para isso, nada melhor do que uma abordagem em família. A seguir, veja algumas medidas o que os responsáveis podem tomar!
Estabelecer regras e dar o exemplo
Crianças e adolescentes precisam de tempo para dormir, comer, estudar e se divertir — e assim, crescerão e desenvolverão habilidades cognitivas e emocionais. Portanto, estabeleça horários para cada atividade, incluindo as horas gastas na internet (até 3 horas, de preferência, divididas ao longo do dia).
Por isso, faça a gestão do tempo. Criar uma rotina garante que tenham tempo para o convívio familiar e com outras pessoas.
Além disso, por maior que seja a cobrança, mesmo que por parte do trabalho, para estarem conectados 24 horas por dia, os pais precisam dar o exemplo. E-mails, mensagens e até ligações devem estar restritas ao horário comercial.
Viver em um local que estimule o convívio
Condomínios com uma boa estrutura de lazer facilitam a interação com outras pessoas, principalmente no caso de quem tem mais tempo livre para aproveitá-las — no caso, crianças e adolescentes. Em pouco tempo, eles formam turmas e se divertem!
De maneira natural, deixam o celular de lado e passam a curtir a piscina, praticar esportes na quadra, fazer churrascos, assistir filmes juntos etc. Outro ponto a favor da socialização nos condomínios são os eventos, como festa junina, halloween, Natal etc. Essas ocasiões aproximam vizinhos, pois estimulam o convívio social.
Formular mais programas em família
Em momentos de descontração, é mais fácil conversar com os filhos — o que permite criar a intimidade necessária no processo de educação. Por isso, é preciso sair da rotina e fazer mais programas em família.
Mas como conciliar as obrigações da vida adulta aos passeios? Quando se mora em um local privilegiado é mais simples: ganha-se tempo no deslocamento. É o caso de quem reside em um condomínio na praia e/ou perto de shoppings, por exemplo.
Por essa e outras, é muito importante considerar a localização e a infraestrutura do imóvel para morar com a família. Hoje em dia, há empreendimentos cuja concepção se baseia no conceito de design de convívio.
Assim, o lar deve prover tanto lazer interno, quanto ficar próximo aos lugares que as crianças e adolescentes mais gostam. A hiperconectividade, afinal, ganhou força por ser a única opção para quem vive trancado em apartamentos. Quando se tem quintal, áreas de lazer, natureza no entorno e bons amigos, ela acaba perdendo espaço. Desse modo, vale a pena morar em um local que se preocupe com essa questão!
E sua família? Está pronta para colocar os smartphones no modo avião e aproveitar a vida? Queremos ajudar você nessa missão! Entre em contato com a Laredo!