A Organização Mundial da Saúde (OMS) define qualidade de vida como a percepção de cada indivíduo acerca de sua inserção em um dado contexto cultural em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.
Parece abstrato, mas, na verdade, é bem prático. Ainda que seja um conceito subjetivo, qualidade de vida é se sentir bem de maneira integral, ou seja, em todos os aspectos da vida. Simples assim.
Exemplos não faltam: para as novas famílias, que vislumbram ascender socialmente, qualidade de vida pode ser sair do primeiro apartamento e se mudar para a casa dos sonhos.
Qualidade de vida: por mais experiências
Com a retomada do crescimento econômico, voltou a ser possível fazer planos de médio e longo prazos. Estes, porém, têm mais a ver com o bem-estar do que com o prazer imediatista do consumo pelo consumo.
Em outras palavras, de nada adianta ter eletrodomésticos de ponta se o lar ficar em uma área sujeita a alagamentos, por exemplo.
Para começo de conversa, é preciso viver em uma região com boa infraestrutura urbana. Conheça um pouco mais sobre o que faz as novas famílias felizes:
Morar bem
Em casa própria, com direito a quintal e, se possível, com um projeto personalizado. De preferência, construída de acordo com seus desejos e necessidades da sua família. Isso é o que a maioria das pessoas entende por morar bem.
A residência ideal deve ficar em um bairro planejado, com boa infraestrutura urbana, onde exista presença efetiva da segurança (pública e também particular), e com completa oferta de comércio e serviços no entorno.
Comer fora
Em restaurantes onde o melhor da cozinha regional se alia às técnicas da alta gastronomia. Diferentemente das gerações anteriores — que, quando “subiam na vida”, passavam a dar valor apenas ao que vinha de fora —, hoje em dia quem busca melhorar de vida faz questão de preservar suas origens.
Por meio da chamada comfort food, esse apreço pelas raízes é bem representado na gastronomia. Chefes de cozinha se destacam por valorizar ingredientes locais em releituras de pratos típicos.
Assim, comer fora é um programa que, além de gostoso, faz bem para a alma.
Receber em casa
Chamar os amigos para passar o dia na piscina, saboreando um belo churrasco, ou para embalarem a reunião noite à dentro, podendo beber sem ter de se preocupar em pegar o carro na volta, é uma tendência.
Tanto que os projetos arquitetônicos mais recentes primam pelas áreas gourmet, em prol da comensalidade, e por vagas extras na garagem, para não ter dor de cabeça na hora de estacionar o carro.
Ao mesmo tempo, investe-se em soluções de automação e em tecnologias que deixam os ambientes mais agradáveis, melhorando o conforto térmico, o isolamento acústico e muito mais. O que parece luxo se torna uma importante fonte de economia.
Lazer e viagens
Diversão é bom e todo mundo gosta. Mas não basta qualquer tipo de diversão. O trabalho voluntário, aqui ou no exterior, por exemplo, tem atraído cada vez mais interessados em experimentar a máxima “é dando que se recebe”.
Há quem não pense duas vezes em trocar a balada ou o tradicional roteiro de compras por um dia reformando um abrigo ou por uma bagagem repleta de histórias para contar, trazidas de um campo de refugiados, por exemplo. Turismo também é empatia, afinal.
Mente e corpo sãos
Poder se dedicar aos estudos, principalmente a cursos de qualificação profissional e de idiomas, causa uma espécie de satisfação mental. Ao descobrir que o conhecimento derruba fronteiras, as pessoas querem cada vez ir mais fundo nos aprendizados.
Ao mesmo tempo, a saúde física não é deixada de lado. Além de frequentar academias de ginásticas, comunidades de vizinhos se reúnem para se exercitarem dentro dos condomínios ou nas áreas verdes próximas.
Ter mais tempo
Há fases da vida que poder contar com pessoas com as quais se tem afinidade e interesses em comuns é fundamental.
Um bom exemplo são os grupos de mães que marcam presença nas praças do bairro e se alternam, em um esquema de babás, compartilhando os cuidados com os pequenos durante a semana.
Assim, todas podem passar mais tempo com os filhos, estimulam seu desenvolvimento e, ainda, têm apoio para conciliar o trabalho e as tarefas domésticas às exigências da maternidade.
Qualidade de vida: por menos consumo
Para a nova classe média, consumo e consumismo são coisas distintas. Cada vez mais, o ato de consumir é visto como um investimento que tem por objetivo o desenvolvimento da família.
No fim do mês, em dias de verba curta, nada melhor do que aproveitar sua casa. Pode-se ler um livro no tablet (que não gasta papel nem ocupa espaço), fazer uma maratona de séries (por meio de serviços de streaming), jogar videogame ou reviver os jogos de tabuleiro.
Tudo (quase) de graça. Já os momentos em família, estes sim ficam marcados na memória e têm valor inestimável. Veja como menos é mais também quando se trata de qualidade de vida:
Compras e cia
Quando é preciso abastecer a geladeira, adquirir um item para o lar ou mesmo pagar uma conta, a preferência é pelos serviços on-line.
Do conforto de casa, tudo é resolvido rapidamente, entregue na porta e, assim, sobra muito mais tempo para desfrutar ao lado de quem se ama.
Ao mesmo tempo, se forem levados em conta os gastos e potenciais riscos de colocar o carro no trânsito para resolver tudo o que a administração doméstica demanda, o preço da comodidade sai, acredite, até mais em conta.
Geração do lixo
Em prol da sustentabilidade, o volume de lixo tem de ser reduzido. Por isso, recicláveis são preferíveis aos descartáveis. A saúde das pessoas e do planeta agradece.
Além disso, medidas simples, como instalar um purificador de água na cozinha, reduzem boa parte do descarte de garrafas PETs, as quais levam centenas de anos para se decompor e acabam contaminando todo o ecossistema.
Tecnologia funcional
Preocupando-se com a preservação dos recursos naturais, as pessoas têm investido cada vez mais soluções de eficiência energética e economia de água.
Há painéis de energia solar fotovoltaica, lâmpadas de LED, redutores de vazão para torneiras, sistemas de irrigação automatizada, entre outras tecnologias mais inteligentes do que as tradicionais.
Adotar um pet
Ter um bichinho de estimação ajuda no alívio da ansiedade e do estresse, colaborando para a melhora da qualidade de vida da família.
Os benefícios são inúmeros e têm comprovação científica. Tanto que, em alguns casos, cães são empregados em terapias ocupacionais ministradas por profissionais da saúde.
E você? Concorda com as aspirações dos jovens adultos sobre o que é essencial na construção de seus projetos de vida? Depois de conhecer tantas atitudes bacanas, faça sua própria lista de prioridades. O que não falta é inspiração para investir mais na qualidade de vida e aproveitar o dia a dia ao lado da sua família! Para continuar se mantendo antenado aos novos tempos, assine a nossa newsletter.