A energia fotovoltaica cresce em uma média de 300% no país — em 2016, o setor se expandiu 300% e, em 2017, cerca de 325%, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Mas além da tão anunciada responsabilidade ambiental, o que vem fazendo o brasileiro sair do comodismo das concessionárias tradicionais para investir em placas de captação de energia alternativa? Pode ter certeza de que a resposta para essa repentina popularidade da energia solar para casas vai muito além de preocupações socioambientais.
Recentemente, duas das maiores redes de drogarias do país instalaram módulos fotovoltaicos em suas unidades de Uberlândia e Belo Horizonte. Com a iniciativa, o custo mensal dessas farmácias com energia elétrica foi reduzido em 50%. Mais do que isso: estima-se que em um período de 12 anos, as duas empresas poupem cerca de R$ 850 mil em gastos energéticos.
Esse é apenas um dos muitos benefícios de adotar a energia por radiação solar nas casas e empresas. Nos próximos minutos, você vai conhecer outros e ter insights relevantes para o projeto de sua residência!
Brasil e seu imenso potencial energético solar
A maioria das fontes de energia utilizadas em nossa sociedade (como a que provém de combustíveis fósseis ou da biomassa) são formas indiretas de energia solar. Entretanto, há ainda a possibilidade de aproveitamento direto da iluminação natural para sustentar a rede elétrica de casas, empresas e indústrias.
Esse processo de conversão na energia solar para casas é feito com o auxílio de determinados materiais semicondutores, como o termoelétrico e o fotovoltaico: enquanto o primeiro produz energia elétrica por um processo de diferença de potencial durante a captação da luz; no segundo, os fótons presentes na iluminação solar são transformados em energia elétrica por meio de células solares.
De acordo com dados da última versão do Atlas Solarimétrico do Brasil, estudo especializado em radiação solar feito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), há regiões do país com média anual de 10 horas diárias de incidência solar, o suficiente para alimentar todas as necessidades elétricas de uma residência por longos dias. Nem poderia ser diferente: a energia solar incidente sobe a superfície terrestre é equivalente a 10 mil vezes o consumo energético mundial.
O fato de se tratar de uma fonte de energia limpa, sem qualquer potencial de danos à atmosfera, bem como a alta durabilidade, a redução de custos mensais e a alta eficiência, são algumas questões que explicam o crescimento dessa demanda no país. Se você está construindo uma casa em condomínio horizontal, por exemplo, agora é um ótimo momento para pensar em sair do lugar-comum e inovar com inteligência em seu processo construtivo.
Vantagens da energia solar para casas, indústrias e empresas
Redução de custos
Mesmo com a ausência de apoio governamental estruturado — como linhas de financiamento especiais — a uma iniciativa que é sucesso no mundo todo, o aumento na procura pelos equipamentos de energia solar vem crescendo no Brasil e, junto com ela, vem crescendo também os investimentos no setor.
Como consequência direta desses dois fenômenos, tem-se observado uma significativa redução nos custos de instalação dessa tecnologia: nos dois últimos anos, a queda no custo total de implementação é da ordem de 50%, segundo reportagem da Época Negócios.
Nesse binômio “custos-incentivos”, é importante ponderar, no entanto, que atualmente 24 estados oferecem isenção de ICMS para quem gera sua própria energia. Com isso, a mesma reportagem citada acima mostra relatos de consumidores que tiveram redução nas contas de energia, de R$ 622,00 para R$ 179,00 mensais, a partir de um investimento de R$ 23 mil em sistemas de geração de energia solar.
Esse consumidor, que consegue economizar mais de R$ 400,00 mensais de energia, teria seus investimentos de instalação totalmente pagos em menos de 5 anos. Essa é a vantagem de investir em casas personalizadas.
Sem potencial danoso ao meio ambiente
Essa é a virtude mais propagada para quem defende a ideia de levar a energia solar para casas, corporações e indústrias. A Drogaria Araújo, por exemplo, presente em 12 cidades de Minas Gerais, estima que a adoção dessa fonte de energia limpa em suas 145 unidades represente uma economia anual de incríveis 1.034,53 ton de CO2, o que equivale à energia consumida por 6 mil casas.
Muito se fala do benefício à natureza da energia renovável e não agressiva, mas poucos têm a real dimensão da diferença de impacto ambiental entre a fonte hidroelétrica e fotovoltaica. Uma usina que usa água para geração de energia leva, em média, 10 anos para ser construída, com vida útil de cerca de 50 anos.
Nesse período, o aumento ou diminuição do fluxo de água das barragens muda o ciclo de reprodução dos peixes; a mudança brusca no ecossistema devasta milhares de animais, além de alterar a flora local. Até modificações no microclima da região são registradas na geração de energia hidroelétrica.
Demanda pouca manutenção
A aquisição de uma rede fotovoltaica tem custos iniciais relevantes, já que um sistema conectado de 1,5 mil Watts, por exemplo, não sai por menos de R$ 10 mil. Já nos sistemas isolados, também de 1,5 mil Watts (muito usados por quem adota fontes de energia solar para casas), as baterias estacionárias saem por cerca de R$ 1,5 mil a unidade. Mas a grande vantagem é que, após a instalação, os custos de manutenção desse sistema costumam ser baixos.
Muitos fornecedores oferecem garantia de 20 anos aos materiais, e a vida útil média dos equipamentos pode ultrapassar os 35 anos. A manutenção deve ser feita a cada 6 meses e, no caso dos painéis solares, consiste, basicamente, na limpeza dos “espelhos”.
Excelente em lugares remotos e de difícil acesso
O Brasil possui um inigualável índice de incidência solar, sobretudo nas regiões mais próximas da Linha do Equador, caso do Nordeste. Segundo uma pesquisa feita pelo Grupo de Energia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (GEPEA-POLI-USP), nas regiões mais áridas do país, encontramos as mais poderosas taxas de radiação, com valores médios entre 200 e 250 W/m2 de potência contínua. Sabe o que isso representa?
Essa frequência solar equivale a uma média anual entre 1.752 kWh/m2 e 2.190 kWh/m2 de radiação incidente, o suficiente para abastecer todo o sertão do país, justamente a área com menor potencial hidroelétrico do Brasil (por conta da seca). Essa é mais uma das vantagens de adotar energia solar para casas: ela é ideal para regiões mais afastadas, de difícil acesso ou com baixa infraestrutura elétrica.
Vale lembrar que a inclinação do coletor ou do painel solar pode ser ajustada segundo a latitude local e o período do ano, obtendo sempre o máximo dos resultados possíveis. Tudo sem ruídos e com fácil instalação.
E você, quanto gasta por mês de energia? Já pensou em instalar um sistema de energia solar para casas? Deixe seu comentário abaixo!